ATA
DA CENTÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA
SEXTA LEGISLATURA, EM 30-10-2014.
Aos
trinta dias do mês de outubro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no
Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto
Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada,
respondida pelos vereadores Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Raul Torelly,
Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Kevin Krieger,
Lourdes Sprenger, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Pedro Ruas,
Roni Casa da Sopa, Séfora Mota e Waldir Canal. Constatada a existência de
quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Any Ortiz,
Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Idenir Cecchim, João Derly, Marcelo
Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Mario Manfro e Professor Garcia. Do EXPEDIENTE,
constou o Ofício no 1012/14, de Marcos Alexandre Almeida, Coordenador
de Filial da Caixa Econômica
Federal. Também, foi apregoado o Memorando nº 049/14, de autoria da vereadora
Sofia Cavedon, deferido pelo Presidente, solicitando autorização para
representar externamente este Legislativo na Abertura da 4ª Mostra Científica
do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, no dia de hoje, em
Porto Alegre. Na ocasião, o Presidente registrou a presença da atriz Graça
Garcia, que passou a integrar a Mesa dos trabalhos, em visita de divulgação da
estréia do curta metragem intitulado Gildíssima, sobre a vida da jornalista
Gilda Marinho, que ocorre dentro da programação da Sexagésima Feira do Livro de
Porto Alegre, no dia primeiro de novembro do corrente. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciou-se o vereador Clàudio Janta. A seguir, o Presidente concedeu a
palavra, em TRIBUNA POPULAR a Vitor Hugo Narciso (Mestre Gavião), Presidente da
Federação Rio-Grandense de Capoeira, que discorreu sobre políticas públicas
para capoeira e Semana Municipal de Capoeira. Em continuidade, nos termos do artigo 206
do Regimento, os vereadores Kevin Krieger, Delegado Cleiton, João Derly, Mauro
Pinheiro, Lourdes Sprenger e Any Ortiz manifestaram-se acerca do assunto
tratado durante a Tribuna Popular. Os trabalhos foram suspensos das quatorze horas
e quarenta e cinco minutos às quatorze horas e quarenta e seis minutos. Após, nos
termos do artigo 94, § 1º, alínea “f”, do Regimento, o Presidente concedeu
TEMPO ESPECIAL ao vereador Dr. Raul Torelly. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se
os veradores Kevin Krieger, Mônica Leal e Lourdes Sprenger. Na ocasião, foi
aprovado Requerimento verbal formulado pela vereadora Sofia Cavedon,
solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Kevin Krieger, Alceu Brasinha e
Delegado Cleiton. Às quinze horas e vinte e sete minutos, o Presidente declarou
encerrados os
trabalhos, convocando os vereadores para a Sessão Ordinária da próxima
segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
vereadores Professor Garcia e Mauro Pinheiro e secretariados pelo vereador
Guilherme Socias Villela. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Gostaria de registrar que hoje estamos
recebendo, nesta Sessão Plenária, a atriz Graça Garcia – a quem convidamos a
fazer parte da Mesa –, que veio nos trazer a cópia do curta-metragem
Gildíssima, que retrata a figura da Gilda Marinho, e que a Graça personaliza
numa determinada época da vida da Gilda.
Então,
convidamos a todos para assistirem o documentário Gildíssima, que estreia neste
sábado, dia 1º de novembro, no Cinema Santander Cultural, dentro da programação
da 60ª Feira do Livro de Porto Alegre. Serão duas sessões, a primeira às
18h30min e a segunda às 19h30min. Logo após à exibição, haverá um coquetel no
Moeda Restaurante, dentro do Santander Cultural.
Este
filme foi produzido pela Estação Filmes, com direção de Alexandre Derlam, e o
documentário foi baseado numa pesquisa histórica feita por Benito Bisso Schmidt
e tem seu elenco as atrizes Graça Garcia, Deborah Finocchiaro e Sinara Robin,
que interpretam a jornalista Gilda Marinho em diferentes momentos da sua
trajetória. Com 20 minutos de duração, o curta conta com o financiamento do
Fundo Municipal de Apoio à Produção Artística e Cultural – Fumproarte.
Saliento
àqueles que não tiveram a oportunidade de conhecê-la – eu tive essa felicidade
–, digo que a Gilda Marinho foi uma referência naquela época. Foi a primeira
mulher pública de Porto Alegre que virou mito e permanece viva na memória
coletiva da Cidade e que traz em seu legado de vida e obra a história do
jornalismo, da militância e da sociedade baseada na mulher.
Graça,
então, é um prazer em recebê-la. Nós vamos passar os dois minutos do trailler.
(Procede-se
à apresentação de vídeo.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Vocês também podem ficar surpresos, mas
neste ano a Gilda Marinho estaria comemorando 100 anos de vida, assim como Lupicínio
Rodrigues, a quem a Câmara está concedendo o Título de Cidadão Emérito da
Capital, in memoriam, com
mais uma Sessão Solene, para a qual todos os Vereadores estão convidados.
Graça, parabéns pela sua performance, obrigado pela
tua presença aqui e iremos assisti-la. Obrigado pelos 100 anos da Gilda.
Apregoo solicitação para representar esta Casa
Legislativa, de autoria da Ver.ª Sofia Cavedon, na abertura da 4ª Mostra
Científica do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, que ocorrerá
no dia 30 de outubro de 2014, às 13h30min.
O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, ocupo este tempo de
Liderança do meu Partido para vir a esta tribuna fazer uma homenagem, no dia de
hoje, à categoria a qual pertenço e trabalho desde 1989, e que hoje está de
aniversário. O dia 30 de
outubro é comemorado, no Brasil inteiro, como o Dia do Comerciário, o dia
dessas pessoas que atendem a toda a população de Porto Alegre, do Rio Grande do
Sul e do Brasil. Estas são as pessoas responsáveis pelo crescimento deste País,
responsáveis por vender o que a indústria produz; responsáveis por realizar
sonhos, desde um simples medicamento encontrado e vendido por nós, trabalhadores
do comércio, de uma farmácia, até o sonho da casa própria ou de um automóvel,
estando também presente nos momentos de dor, vendendo, auxiliando quando da
partida dos entes queridos. Essa é a função dos comerciários do Brasil inteiro:
estar presente na vida das pessoas, seja no nascimento de um filho, vendendo o
berço, a roupa, seja na união de um casal, vendendo as roupas de cama, os
móveis; seja quando a família aumenta, vendendo imóveis, e por aí afora – esta
é a função dos comerciários. É uma categoria que vem lutando muito para
regulamentar a sua profissão; que vem lutando para diminuir a questão do banco
de horas; que vem ampliando seus direitos e conquistas, como a licença
maternidade, o quinquênio, o quebra de caixa e as convenções que estabelecem o
trabalho aos domingos e feriados. Então, vimos a esta tribuna, no dia hoje,
prestar esta homenagem a todos os colegas trabalhadores do comércio, não só os
de Porto Alegre, mas os do Rio Grande do Sul e do Brasil. Eu, que sou Vereador
e sindicalista, também sou um Vereador vinculado ao comércio, sou uma pessoa
que saiu de dentro de uma loja para ir para a direção de um sindicato, e hoje
está aqui nesta Casa, nesta Câmara de Vereadores. Muito estive na plateia, nas
galerias, para reivindicar a melhora na vida dessa categoria e na vida da
família dos comerciários. Os comerciários de Porto Alegre somam mais de 100 mil
pessoas, 100 mil operários que ajudam a crescer e a desenvolver esta Cidade. E
nada mais justo que esta homenagem que a nossa Bancada faz em nome de todos os
membros desta Casa. E queria aproveitar também – sou tão identificado, Ver.
Ruas, com essa categoria – para dizer que, além de hoje ser o Dia do
Comerciário, há uma pessoa muito especial na minha vida que está de
aniversário: meu filho Cássio, que hoje completa 22 anos de idade. São dois
momentos especiais na minha vida: comemorar o dia da categoria que eu
represento, a dos comerciários, e o aniversário do meu filho Cássio. Queria
agradecer ao Presidente que me dá esta oportunidade, ao Mestre Gavião, da
capoeira, que me permitiu quebrar o protocolo e dizer aos comerciários que
estão de parabéns pelo seu dia. Também estou falando em nome da Bancada do
PSOL, dos Vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, mas eu acredito que esta
homenagem é em nome de toda a Câmara Municipal de Porto Alegre, que sempre
homenageou essa categoria. Muito obrigado. Com força, fé e esperança, nós vamos
seguir lutando para melhorar a vida dos comerciários de Porto Alegre e de todos
os trabalhadores. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigado, Ver. Clàudio Janta. Registro que ontem
o Dr. Raul Torelly assumiu a vereança nesta Câmara e, em seguida, fará o seu
pronunciamento. Dr. Raul, seja bem-vindo novamente a esta Casa na qualidade de
Vereador.
TRIBUNA POPULAR
A Tribuna Popular de hoje
terá a presença da Federação Rio-Grandense de Capoeira que tratará de assunto relativo a políticas
públicas para capoeira e Semana Municipal de Capoeira. O Sr. Vitor Hugo Narciso, Presidente da
entidade, conhecido como Mestre Gavião, está com a palavra, pelo tempo
regimental de 10 minutos.
O SR. VITOR HUGO NARCISO: Boa tarde a todos. Gostaria de
cumprimentar o Presidente da Câmara, o Ver. Professor Garcia, e os meus colegas
da capoeira que vieram nos prestigiar. Gente, nós estamos construindo políticas
públicas para a capoeira há muitos anos na cidade de Porto Alegre, uma
iniciativa da Federação Gaúcha de Capoeira. Depois, a Federação Rio-Grandense
participa dessa construção, através do Orçamento Participativo e da criação de
leis municipais e estaduais.
Nós
procuramos, na época, o ex-Vereador Raul Carrion e apresentamos a ele, através
da Federação Gaúcha do Mestre Farol, um projeto de lei que iria criar a Semana
Municipal de Capoeira. Foi criada a Lei nº 8.940, de 2002. De lá para cá,
fizemos algumas alterações; passou-se para a Lei nº 9.470, de 2004. Tivemos, em
Porto Alegre, nove Semanas Municipais construídas pelo Movimento da Capoeira,
todas elas com orçamento para aplicação.
Quando
o Secretário Roque Jacoby, em 2012, assumiu a Secretaria da Cultura, a
Federação se fez presente em uma agenda com ele, pedindo a realização da Semana
nesse ano, e não fomos atendidos. Fomos, então, ao Protocolo da Prefeitura, em
2 de maio de 2013, quando pedimos esclarecimentos sobre a não realização da
Semana Municipal. Colocamos também, nesse Protocolo, que existia a Lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011, a Lei da Transparência, e que deveríamos ter
um retorno do Sr. Prefeito Fortunati, o que não tivemos. Faz dois anos que a
Semana Municipal de Capoeira não é realizada na cidade de Porto Alegre.
Já
convocamos, várias vezes, os Vereadores desta Casa para nos ajudar. Conversamos
com o Sr. Leonardo Maricato, que nos comunicou, à época, que não haveria a
realização da Semana em 2013, porque os investimentos seriam para a área de
oficinas de capoeira. As oficinas de capoeira já têm uma demanda do Orçamento
Participativo, então, não haveria necessidade de tirar verba garantida para a
realização da Semana para fazer oficinas.
Pois
bem, para a nossa grata surpresa, este ano, o Ver. Delegado Cleiton entrou com
uma emenda pedindo a realização da Semana Municipal de Capoeira. Mas, até o
momento, essa emenda não foi atendida. Novamente, o Sr. Secretário Roque Jacoby
e o Sr. Leonardo Maricato dizem que
não tem verba. Na época do Prefeito Fogaça, quando ele assumiu a Prefeitura,
tinham sido cortados 30% da verba de todas as Secretarias, e, mesmo assim, o
Secretário Sergius Gonzaga realizou a Semana Municipal de Capoeira. Que saudade
do Secretário Sergius Gonzaga e da Secretária Adjunta Ana Fagundes!
Então,
Srs. Vereadores, gostaríamos, novamente, de pedir o apoio desta Casa. Em outros
anos, tivemos o apoio do Ver. Kevin Krieger, que cedeu uma dotação para nós
pelos Direitos Humanos. Tantos outros Vereadores nos apoiaram, e, agora, nós
estamos sem nenhuma ação, a não ser o apoio do Ver. Delegado Cleiton. Estamos
vindo a esta Casa porque a capoeira, desde 2008, virou bem imaterial da
Cultura. Na Constituição, diz que ela tem que ser fomentada, incentivada e
protegida. Tenho medo da não realização, novamente, da Semana este ano. A nossa
intenção era vir aqui falar com os Vereadores e ter o total apoio. Se a gente
não conseguir o apoio, vamos tentar fazer uma denúncia ao Ministério Público.
Entendemos que a capoeira é uma ferramenta de inclusão social e tem nos ajudado
muito a resolver os problemas das crianças em alta vulnerabilidade. Novamente
peço aos senhores que nos apoiem, que nos ajudem a fortalecer a capoeira.
Os
nossos agradecimentos, em especial, ao Ver. Garcia, que nos conhece há muitos
anos, treinei no Centro de Treinamento Esportivo com o Ver. Garcia. Um especial
agradecimento também ao Ver. Delegado Cleiton, ao Ver. Kevin Krieger, nossos
companheiros, ao Ver. Pedro Ruas e a todos que têm nos acompanhado. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Convidamos o Sr. Vitor Hugo Narciso, o
Mestre Gavião, a fazer parte da Mesa.
O
Ver. Kevin Krieger está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. KEVIN KRIEGER: Boa tarde, queria cumprimentar o Mestre
Gavião, um grande amigo e parceiro, líder dessa área da capoeira, em nome do
Ver. Guilherme Socias Villela, da Ver.ª Mônica, do Ver. Nedel e, também, do
Solidariedade, já que o Ver. Clàudio Janta teve que se ausentar e me pediu que
lhe déssemos um abraço. Sem dúvida nenhuma, a capoeira é um instrumento
fundamental da Cultura no combate à vulnerabilidade social junto às nossas
crianças e adolescentes. Estive, há alguns dias, na Ponta Grossa, e vi um
trabalho superlegal de capoeira, entre tantas outras atividades que a gente vê.
Pode
contar conosco, a gente vai fazer um esforço ao lado de vocês junto ao Governo
Municipal para voltar a valorizar a Semana da Capoeira. Na verdade, tem que
haver uma valorização no ano inteiro, com as oficinas dentro das escolas,
dentro dos nossos equipamentos no turno inverso escolar, porque, sem dúvida
nenhuma, é uma ferramenta cultural que traz essa criança e esse adolescente
para um espaço de convivência. Parabéns pelo trabalho!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Delegado Cleiton está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. DELEGADO CLEITON: Sr. Presidente, Sr. Secretário; Mestre
Gavião, irmão de Mestre Carcará, filho de Oxossi, aluno de Manoel Olímpio de
Souza, o Mestre Índio, salve! É pelo respeito que eu tenho a essa arte, a essa
luta, a única luta genuinamente brasileira, que eu trouxe novamente este
debate. Há, infelizmente, algumas situações que nos colocam à margem sempre.
Mas vai ser colocado agora, para o próximo Orçamento, um valor para que seja
realizada essa Semana, que é para todos nós – porto-alegrenses, gaúchos,
brasileiros – nos importarmos mais com a nossa cultura, a cultura brasileira, a
cultura que vem lá das origens, a cultura negra, e darmos valor. Nós queremos,
também, que sejam implantadas leis dentro da educação que contemplem as nossas
artes. Receba o apoio da Bancada do PDT, a minha Bancada, nesta luta que vamos
travar nesta Câmara junto ao Executivo. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Vereador-Deputado João Derly está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO DERLY: Boa tarde Sr. Presidente e Mestre Gavião; cumprimento também o Mestre Pelé, que
está nas galerias, em meu nome e em nome da Ver.ª Jussara Cony, do PCdoB; quero
cumprimentá-los pela luta em prol da capoeira. É muito difícil de unir os
diversos movimentos que acontecem dentro da capoeira, mas o Mestre Gavião e o
Mestre Pelé são pessoas, são guerreiros que têm levado essa luta. Tive o prazer
de, pela primeira vez, participar de uma roda de capoeira e jogar com o Mestre
Índio.
Nós
já sofremos esse problema também com a Semana do Hip-Hop. Eu e a Ver.ª Sofia
Cavedon fizemos uma emenda à Lei Orçamentária para que se destinasse recurso
para a Semana do Hip-Hop. O recurso não estava sendo aplicado, e fizemos uma
batalha, uma luta para que se pudesse aplicar esse recurso na Semana do Hip-Hop.
Colocamos
à disposição os nossos gabinetes, juntamente com o Ver. Delegado Cleiton, para
que a gente possa, efetivamente, botar recursos na Semana da capoeira e poder
fazer uma boa Semana, divulgando ainda mais e trazendo mais adeptos à capoeira,
uma luta que faz um belo trabalho, principalmente, nos bairros de periferia.
Parabéns pelo trabalho, Mestre Gavião, sucesso!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): O Ver. Mauro Pinheiro está com a palavra,
nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. MAURO PINHEIRO: Presidente, Ver. Professor Garcia;
Secretário, Ver. Villela; Mestre Gavião; venho aqui, em nome da Bancada do
Partido dos Trabalhadores, para nos solidarizarmos com essa cultura. Sabemos da
importância do trabalho que é feito nas comunidades – como disse o nosso Ver.
Kevin, que entende bastante da FASC – com os jovens, principalmente os da
periferia que estão em condição de vulnerabilidade. Então, nos solidarizamos
com o seu trabalho e com a sua dedicação à capoeira. Estamos nessa luta juntos
para que atendamos a sua reivindicação sobre a Semana da Capoeira. Conte com o
Partido dos Trabalhadores, um abraço!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. LOURDES SPRENGER: Quero cumprimentá-lo por incentivar o
esporte, a dança e a inclusão social. Onde se vê uma apresentação de capoeira,
sempre tem muitas pessoas assistindo, muitos jovens participando. É, realmente,
um bom exercício! Que isso continue, porque a inclusão social sempre vem por
meio do esporte, da dança e de outras atividades, e há muitas pessoas
necessitando desse lazer. Nós estamos à disposição para apoiar sempre o seu
trabalho.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): A Ver.ª Any Ortiz está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
A SRA. ANY
ORTIZ: Mestre Gavião, eu
gostaria de lhe parabenizar por esse trabalho e, em teu nome, parabenizar todos
os capoeiristas deste Estado. Capoeira é uma mescla de luta, de dança, é a
cultura realmente brasileira demonstrada na sua melhor forma, através do que eu
chamo, muitas vezes, de arte. Eu pude fazer por muitos anos capoeira, fiz parte
do Grupo Nação e também tive aula com o Mestre Grande. Acredito que a gente
possa levantar esta bandeira, possa trabalhar a capoeira, mostrar a capoeira,
tirá-la dos guetos e colocá-la inserida na sociedade, não só como uma atividade
de recreação ou para poder transformar a vida dos jovens, mas para inseri-la de
uma forma, muitas vezes, profissionalizante. A capoeira hoje vive numa linha
muito tênue, pois a gente não consegue ter profissionais da capoeira que
consigam sobreviver exclusivamente dela, sempre tendo que associar, muitas
vezes, com a educação física ou com alguma outra atividade, para poder estar
inserido em academias, para poder estar fazendo outras atividades. Fui aluna
também do Mestre João, que hoje dá aula de capoeira na Argentina, porque lá ele
conseguiu ocupar espaços muito maiores e ter oportunidades muito melhores do
que ele tinha na cidade de Porto Alegre. Então, eu acho que a sua presença aqui
é muito importante para poder divulgar e para a gente poder realmente continuar
na luta para que a capoeira possa ser reconhecida de uma outra forma. E como
ela deve ser reconhecida? Saindo dos guetos, sendo inserida dentro da
sociedade, podendo ter a sua participação e a sua valorização dentro da
sociedade. Parabenizo o senhor e pode contar com o PPS, estamos juntos nesta
luta. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Professor Garcia): Obrigada, Ver.ª Any Ortiz. As diversas
Bancadas se manifestaram.
Lembro, Mestre Gavião, de um projeto do Vereador
Raul Carrion, do PCdoB, que virou lei, em 2004. Ele entrou com o projeto em
2002, lembro bem disso.
Mas quero dizer também da minha alegria– tu falaste que foi meu aluno lá no
CEFE, e eu vi o Mestre Pelé e o Fernando, que também foram meus alunos lá nas
Dores – pois, como Diretor da Faculdade de Educação Física, na época, fomos a
primeira faculdade do extremo-sul, ou seja, de São Paulo para baixo, a colocar
capoeira no currículo. Isso, na época, foi um grande avanço. Eu queria colocar
duas disciplinas na faculdade, uma eu não consegui e fiquei frustrado até hoje,
que era a disciplina de surf, mas a
capoeira entrou. Houve uma discussão, mas capoeira é arte, é dança, é jogo, é
luta, e ela vem conseguindo, cada vez mais, seu espaço. Hoje grande parte das
faculdades do Brasil sabe que eu sou do Conselho Federal, e a gente tem trabalhado
muito em cima disso. Acho que é importante vir aqui trazer o registro, esta
Casa é a Casa do Povo, e aqui as reivindicações sempre são ouvidas; nem sempre
são atendidas, mas sempre são bem ouvidas nas diversas manifestações
democráticas.
Então,
parabéns pelo teu trabalho.
E
fiquei muito contente quando falaram do Índio e do Grande.
Quero
também aqui saudar um amigo meu de longa data, que é o Mestre Nino, que tinha
um trabalho magnífico nessa área.
Continuem
nessa luta porque é uma luta árdua e contínua.
Então,
parabéns a ti, ao Fernando, e ao Mestre Pelé. Muito obrigado.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h45min.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia – às
14h46min):
Estão reabertos os trabalhos.
Ver.
Dr. Raul Torelly, estamos muito contentes com o seu retorno a esta Casa. V.
Exa., sempre de maneira participativa e brilhante, deu inúmeras colaborações ao
nosso Parlamento.
O
Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra em Tempo Especial.
O SR. DR. RAUL
TORELLY:
Boa tarde, Presidente, Ver. Professor Garcia, grande amigo; Ver. Idenir
Cecchim, eu quero agradecer, num primeiro momento, ao meu Partido, o PMDB, que
me dá esta oportunidade de estar aqui, porque, independentemente do que a gente
faz na vida, como Vereador se consegue realizar algumas coisas que vão ficar
conosco ao longo da nossa estrada. Então, quem participa da vida pública – e
todos nós aqui participamos, e quero também deixar um grande abraço a todos os
funcionários aqui da Casa, que sempre me trataram muito bem no período que aqui
estive, que foram quase sete anos – tem o poder de influenciar nas coisas da
Cidade, nas coisas do Estado, o que nos faz muito bem, enquanto ser humano. É
assim que eu me sinto. Ao longo do período em que participei aqui como
Vereador, de forma mais ativa, nas duas Legislaturas anteriores, acredito que
consegui trazer para a Cidade algumas inovações, algumas coisas muito
importantes, em especial na área da saúde; a área da saúde, que é, na
realidade, a área em que sou militante há mais de 35 anos, desde a primeira
greve dos residentes da Santa Casa Misericórdia – onde lá estive –, até os dias
atuais, passando por toda a formação do nosso SUS, bem como pela criação do
SAMU. E o próprio SUS é um indicativo da necessidade dos órgãos públicos
trabalharem e se entenderem bem, porque um comando que é estadual, municipal e
federal exige um entendimento maior, mais rápido e menos burocratizado
Aqui na Casa, tive a oportunidade de apresentar
à Cidade a questão das UPAS, hoje já bem conhecidas no país. Conseguimos
liderar um movimento que levou a bom termo a UPA da Zona Norte, que hoje tem
500 atendimentos diários e desafoga a emergência do Hospital Nossa Senhora da
Conceição. Nós deveríamos ter, hoje, em Porto Alegre, pelo menos mais três UPAS
para um desafogo maior do Sistema de Saúde Pública da nossa Cidade: uma no
bairro Partenon, uma no bairro Restinga – não necessariamente, já que a
Restinga tem uma lá junto ao Hospital Moinhos de Vento –, e outra na região do
Humaitá Navegantes; inclusive, o terreno já está disponível, hoje, na Rua João
Inácio com a Av. Farrapos.
Então, nós precisamos fazer com que as nossas
emergências não tenham essa superlotação e esse desconforto que traz para todas
as pessoas que dela necessitam. Hoje, até quem tem plano de saúde está passando
pelo mesmo problema: a falta de postos médicos, a desvalorização do médico
dentro do Sistema Público de Saúde. Um exemplo disso é Programa Mais Médicos,
que, apesar de ajudar um pouco a população carente – e eu não posso
necessariamente ser contra ele nesse sentido – tem, como consequência, a
desvalorização do médico nacional, do médico brasileiro; nós precisamos, na realidade, ter uma
valorização não só dos médicos, mas dos profissionais da saúde em todo o Brasil.
Isso é fundamental para que as coisas aconteçam melhor na área da saúde.
Eu
me insurjo contra a burocracia que faz com que as coisas não andem, e dou como
exemplo, o que ocorreu nesta Câmara de Vereadores, há três anos, quando
conseguimos, depois de muito tempo, fazer com que o catamarã realizasse a
travessia Porto Alegre/Guaíba, Guaíba/Porto Alegre. Também há três anos
solicitei a abertura de uma linha para a Ilha da Pintada, mas até hoje isso não
aconteceu. Essa solicitação faz parte do dia a dia, dos anseios da comunidade,
mas infelizmente não aconteceu. Então, nós precisamos de uma agilização dos
órgãos públicos.
Uma
das ações que tive aqui nesta Casa, e me orgulho dela, é que participei, junto
com vários Vereadores, a questão da proibição do fumo em locais coletivos
fechados, algo muito importante para a cidade de Porto Alegre.
E
para quem é militante da causa animal, como a nossa Ver.ª Lourdes Sprenger,
tivemos a criação dos cachorródromos, que hoje são uma realidade.
Então,
vamos andando e procurando fazer coisas boas para a comunidade.
E
falo, também, em nome da Liderança do nosso Partido, o PMDB, sempre deixando
uma mensagem positiva, uma mensagem de carinho para todos os cidadãos e cidadãs
de Porto Alegre, porque onde eu estiver, em qualquer local, estarei sempre na
militância para que tenhamos uma sociedade melhor, mais digna, com mais
qualidade de vida.
Agradeço
a atenção, um abraço, e saúde para todos. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Professor Garcia): Passamos às
COMUNICAÇÕES
O
Ver. Kevin Krieger está com a palavra em Comunicações.
(O
Ver. Mauro Pinheiro assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. KEVIN KRIEGER: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, telespectadores que nos assistem, boa tarde a todos. Hoje, a Ver.ª
Mônica, presente também; tivemos uma Audiência Pública a respeito da Escola
Municipal de Ensino Fundamental Porto Alegre – EPA, sobre uma demanda que os
Prefeitos têm a responsabilidade de resolver com relação à Educação Infantil:
se não me engano, até o ano que vem, precisam ter todas as crianças – entre
quatro anos a cinco anos, onze meses e trinta dias –, na escola infantil.
Tivemos hoje uma Audiência Pública sobre a Escola EPA sobre o fato de não
termos mais o atendimento que tem da situação de rua adulta, para termos a
escola infantil nesse momento.
Acho
que é importante a gente valorizar o Secretário Luciano, que esteve aqui
conosco, hoje, abrindo um diálogo com a Câmara de Vereadores e com os
movimentos, para que a gente possa ter essa situação muito mais construída no
diálogo, para que a gente possa atender as duas políticas que são importantes,
tanto a situação de rua, como a escola infantil, que é fundamental também.
Eu
quero aproveitar esta oportunidade porque hoje foram feitas algumas colocações
que eu acho muito importantes, Ver.ª Mônica e Ver. Nedel que participam da
nossa CEECONDH; fizeram várias visitas a equipamentos, junto com a Ver.ª
Fernanda e com os Vereadores dessa Casa que participam desta Comissão, fizeram
um relatório de visitas, alguns questionamentos e algumas sugestões para a
Fundação de Assistência Social e Cidadania.
Dentro
deste relatório que eu peguei, de 2014 – finalizou-se se não me engano no meio
do ano de 2014 –, estavam que a FASC necessitaria encaminhar com urgência o
Projeto de Reestruturação da FASC – já está aprovado e sancionado pelo
Prefeito; que nós deveríamos fazer um investimento muito forte na situação de
rua em relação aos abrigos: Abrigo Marlene, precisaria fazer uma reforma
urgente – a reforma já está sendo feita e vai ser entregue agora no mês de
dezembro, reformado o Abrigo Marlene; Albergue Municipal – este ano, no começo
do ano que vem, estará sendo desapropriado para que nós possamos investir no
Abrigo Marlene e poder atender melhor; Abrigo Bom Jesus, precisávamos fazer uma
reforma – foi lançado o edital da reforma, ou seja, todos os equipamentos da
área do serviço de Assistência Social, já estavam sendo programados as suas
reformas e as benfeitorias que a Comissão, quando foi fazer a visita, foi muito
bem feita. Faço esse elogio à Comissão, que, em nenhum momento, trabalhou
politicamente, e, sim, tecnicamente nas visitas.
Quero
aproveitar esta oportunidade, já que tivemos uma Audiência Pública hoje, para
fazer essas colocações, porque acho que é importante o retorno para a Comissão,
o retorno para esta Casa sobre o respeito que o Governo Municipal e a Fundação
de Assistência Social e Cidadania têm com esta Casa, desde que os Vereadores
foram conhecer de perto os serviços dos abrigos e dos albergues, para as
pessoas em situação de rua. Muito se avançou ao longo dos últimos anos, mas
sempre cientes de que precisamos avançar muito. O Ver. Roni, que está aqui
conosco, que trabalha muito a área social na cidade de Porto Alegre,
principalmente na comunidade da Restinga, sabe o quanto o Governo vem
investindo nessa população, abrindo repúblicas, abrigos de família,
reformulando, reordenando e reformando os abrigos já existentes para poder
atender e qualificar o atendimento. Agora, nós estamos abrindo duas Casas Lares
para os idosos que hoje são atendidos dentro dos nossos equipamentos e precisam
de um atendimento mais especializado.
Então
fiz questão de fazer essa prestação de contas de todo esse trabalho, muito bem
feito pela Comissão de Direitos Humanos, e a FASC deu retorno no tempo certo.
Logo, logo, estaremos abrindo outros equipamentos para melhorar, qualificar e
aumentar as nossas vagas, que nós necessitamos para as pessoas em situação de
rua na Cidade. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria da
Ver.ª Sofia Cavedon. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como
se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Mônica Leal está com a palavra em
Comunicações.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Ver. Mauro, que será o
nosso Presidente no próximo ano, Vereadores, Vereadoras que nos honram com suas
presenças, que nos assistem pela TVCâmara, mais uma vez ocupo esta tribuna para
falar sobre um tema que é recorrente, como digo, ocupa os meus dias desde que
eu assumi a política, que é a questão da Segurança pública na cidade de Porto
Alegre e no Estado do Rio Grande do Sul, mas, principalmente, aqui na Capital
dos gaúchos.
Fiquei
muito feliz na época das eleições e na época da Copa, acredito que todos os
senhores e as senhoras comungam desse sentimento; por onde andava, eu via
viatura da Brigada Militar, brigadianos a cavalo, motocicletas, caminhando
pelas ruas, como tem que ser, como é a segurança necessária, porque segurança
se faz com policiamento ostensivo pelas ruas. Isso ocorreu na época da Copa, há
meses atrás, o que me leva a pensar que, em época de campanha, foi uma cena
fantástica para todos os porto-alegrenses e para os gaúchos que aqui estiveram,
vindos do Interior, a assistirem à segurança ideal, diferente da real que
temos.
Eu
hoje fiz o mesmo percurso de carro que eu fiz antes das eleições e não
encontrei carros da Brigada Militar, brigadianos caminhando pelas ruas, nem a
cavalo, nem em motocicletas; pelo contrário, eu achei a Cidade a Deus dará, ou
seja, um prato para a bandidagem atuar. E não foi à toa que nós assistimos no
correspondente – é só vocês entrarem no link
da imprensa falada – uma grande quantidade de assaltos, porque está chegando o
fim do ano, quando as pessoas recebem o seu dinheirinho a mais e, com toda a
certeza, a bandidagem está lá com a sua equipe de inteligência, planejando os
assaltos, como roubar a população. Então, mais uma vez, eu ocupo esta tribuna
para dizer que eu lastimo profundamente que a Segurança pública só seja
prioridade em época de campanha, e foi a isso que eu assisti neste ano de 2014.
Ou seja, a cidade ideal, a cidade que todos nós queríamos: andar pelas ruas,
pelas praças, com brigadianos, com carros. Enfim, vamos ter que esperar até a
troca do Governo, porque pelo que estou vendo, e seja o que Deus quiser, há um
abandono total, é o que está acontecendo.
Ontem,
eu contei desta tribuna a história de uma pessoa que tinha sido assaltada à luz
do dia, às 16h, indo a uma farmácia. A coisa foi tão ousada, que os bandidos
foram com essa pessoa até a sua casa, entraram pela garagem, com a arma
apontada na cabeça, e limparam o apartamento. Por que isso ocorre? Por causa da
impunidade, porque não tem policiamento ostensivo, porque tudo pode ocorrer nas
ruas da nossa Cidade. Os professores estão com medo, as mães estão com medo de
estacionar os seus carros e ficarem esperando os filhos saírem do colégio, e os
frequentadores dos postos de saúde também estão com esse mesmo sentido. Eu
queria fazer esse registro aqui. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Lourdes Sprenger está com a
palavra em Comunicações.
A SRA. LOURDES SPRENGER: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro;
Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, nós estamos no período de discussão do
Orçamento nesta Casa e sempre existe a preocupação das áreas em que atuamos em
estarem contempladas ou receberem emendas para atender suas demandas. Nós
procedemos a uma análise de todo o Orçamento apresentado aqui para a Câmara,
inclusive participamos de uma das reuniões da CEFOR para buscar esclarecimento
junto ao Secretário da Fazenda Jorge Tonetto, que os prestou, mas ainda vamos
dizer que, não concordamos com tudo que nos foi explicado. Nós estamos
apresentando emendas para contemplar um projeto que foi uma grande luta nesta
Cidade, que iniciou em 2005, com uma lei aprovada em 2008, que foi a lei da
retirada das carroças, com inclusão social. Essa lei, após diversos trâmites,
inclusive resultando com uma ADIn, que foi derrubada no TJ, contemplou por
calendário a retirada das zonas 1, 2, 3, e 4, sendo que até agora nós retiramos
zonas 1 e 2, oficialmente, porém ainda temos muitas carroças transitando e até
carrinheiros nestas regiões proibidas. O que se observou este ano no Orçamento,
mesmo sendo contemplado com R$ 9 milhões do BNDES e R$ 9 milhões da Prefeitura,
conforme divulgado no site da
Prefeitura e pela mídia, é que desapareceram os valores para esta atividade num
percentual significativo de 53,8%, e que de R$ 4,3 milhões do ano passado
apareceram R$ 2 milhões. A nossa preocupação é de que seja concluído esse
projeto, e segundo nos foi informado há interesse também da Prefeitura em
complementá-lo a partir de 2015 e 2016. Ainda, a nossa preocupação é de que há
um inquérito aberto na Promotoria da Ordem Urbanística para acompanhamento da
efetiva retirada desses veículos de tração animal e a inclusão social dos seus
condutores.
Também
queremos fazer o registro de que vamos suplementar, por emenda, a Secretaria
Especial dos Direitos Animais porque embora tenham apresentado uma redução, não
apresentaram uma redução dos indicadores no portal. Como irão reduzir valores,
não reduzindo as atividades a serem realizadas? Maior fiscalização, maior
controle populacional, mais reduz o valor. Ou então há uma supereficiência que
pode reduzir valor, e vão cumprir os indicadores.
Quero
também ressaltar que de tantas cobranças que nos fazem estamos fazendo a nossa
parte como Vereadores. Já estamos quase no mês de novembro e o Orçamento dessa
Secretaria, que foi contingenciado de R$ 8,5 para R$ 8,3 milhões, foi aplicado
46%, segundo pesquisa, ou seja, não serão aplicados todos os recursos, e nós
continuaremos pagando a conta, vendo a procriação de animais, animais doentes,
a falta de políticas públicas para resgate, e existem recursos, o que faltam
são projetos. O Fundo Municipal dos Direitos dos Animais, que foi criado para
captação de recursos, embora tenha sido alardeado que a empresa Vicenza
conveniada queria doar R$ 3,5 milhões para o hospital, está zerado, e não se
sabe onde está esse recurso, se entrou ou não entrou na Prefeitura. Nós
buscamos as informações necessárias, e isto continuará, iremos apresentar as
emendas e defendê-las aqui, porque esta área tem um mercado bilionário que gera
impostos, empregos. Não pode ficar só a sociedade pagando as contas.
(Revisado
pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Kevin Krieger está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. KEVIN KRIEGER: Ver.ª Mônica, V. Exa. trouxe uma pauta
importantíssima em relação à Segurança pública, do que nós vivemos nos últimos
anos e, agora, nos últimos meses. Eu queria reforçar dois fatos que aconteceram
nos últimos dias na cidade de Porto Alegre: um de nossos brigadianos faleceu
dentro de um ônibus, porque estava fardado, e outro brigadiano faleceu no Morro
Santana, foi alvejado por bandidos. Nós precisamos, sim, tomar atitudes muito
concretas na área da Segurança pública. Eu estava brincando agora com o Ver.
Cecchim de que, no novo governo do Governador José Ivo Sartori, é importante
que esta seja uma área prioritária de governo e que possa dialogar com o
Município. Não só o Município de Porto Alegre, mas todos os Municípios da
Região Metropolitana e os Municípios do interior, que, trabalhando em conjunto
com a Secretaria do Estado, podem, sim, fazer um trabalho muito forte de
prevenção à violência, através dos Municípios, mas tem que fazer um trabalho
integrado. O Governo do Estado precisa atuar junto com os Municípios, porque a
parte de prevenção é responsabilidade do Município, mas precisa ter o apoio do Governo
do Estado, e, principalmente, eles precisam se articular e construir essas
políticas juntos. O que não foi feito nos últimos quatro anos, através do
Território de Paz, em algumas áreas da cidade de Porto Alegre, porque não se
sentou com o Município, não se conversou e não se construiu. O novo Governo
precisa, sim, sentar e construir as políticas públicas.
Eu
estive de licença há alguns dias, agora no mês de outubro, e não pude explanar
a minha posição em relação – eu sei que foi discutida esta semana – à questão
do uso de uniformes dos policiais no transporte público. Eu sou completamente a
favor de que os nossos brigadianos, Ver. Delegado Cleiton, não precisem usar a
farda para ter a passagem de seu ônibus, até porque, se eles estiverem à
paisana, serão o elemento surpresa em relação aos bandidos que virão assaltar
os nossos coletivos. Então, sem dúvida nenhuma, é muito importante que possamos
dar esse apoio à família brigadiana, à família da Segurança pública, para que
não tenhamos mais fatos como esse, e sim possamos ter fatos contrários, que os
policiais, tanto civis, quanto brigadianos, possam ter o efeito surpresa de não
estarem fardados naquele momento, pois, fardados, viram alvo dos bandidos e dos
criminosos na nossa Cidade.
A
Segurança pública precisa, sim, de um reforço de pessoal, precisa de
equipamentos mais consistentes de inteligência e, sem dúvida nenhuma, precisa
ser uma prioridade de Governo. Nós estaremos, através do Partido Progressista,
do Presidente Celso Bernardi e de toda a nossa Bancada da Câmara de Vereadores,
dos nossos Deputados, fortalecendo, junto ao futuro Governo, o que é a bandeira
do PP estadual: a Segurança pública. Eu não tenho dúvida de que, hoje, a Região
Metropolitana, o Interior do Rio Grande do Sul clamam por segurança, que,
infelizmente, não temos. Vemos amigos, familiares, pessoas de todas as áreas –
sejam da comunidade, da periferia, de bairros de classe média – sendo
assaltadas à mão armada todos os dias na nossa Cidade. Precisa, realmente,
haver um trabalho muito forte de enfrentamento da Segurança, mas precisa haver,
sim, um trabalho muito forte de articulação com todos os Municípios do Rio
Grande do Sul, principalmente na Região Metropolitana e na nossa cidade de
Porto Alegre. Que possamos trabalhar junto com os Municípios que operam e que
executam as políticas públicas das áreas sociais da Educação, da Assistência,
do Esporte. Isso faz com que atuemos preventivamente e possamos estar poupando
os nossos policiais de enfrentamentos daqui a alguns anos; sem dúvida nenhuma,
são enfrentamentos muito difíceis com os criminosos, com os bandidos. Então, eu
quero me solidarizar com a família brigadiana, que teve, nestes últimos dias,
dois brigadianos assassinados por criminosos. É preciso ser feito um trabalho
muito forte nessa área.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras.
Vereadoras, público das galerias, público que nos assiste pela TVCâmara, eu
também venho falar sobre segurança, Ver. Kevin Krieger, Ver.ª Mônica, mas
especialmente lá da região do 11º Batalhão, comandado pelo Tenente-Coronel Biacchi,
que serve de exemplo aos outros. Não querendo falar dos outros, Ver. Kevin
Krieger, mas o Tenente-Coronel Biacchi tem um sistema, uma logística muito boa,
porque o trabalho que ele faz de prevenção na região... E o 11º Batalhão ocupa
uma extensão muito grande, pega a Arena do Grêmio, passa pelo bairro Passo
D’Areia, Av. Protásio Alves, até a Vila Bom Jesus – é de uma extensão muito
grande. Ele tem um trabalho, Ver. Kevin, que, se tu circulares pela região,
verás que parece que há muitas viaturas, mas não, é em função de um trabalho de
logística que ele desenvolve. Passo em vários locais, Ver.ª Mônica, e vejo a
viatura da Brigada parada: passo na Av. Nilo Peçanha, viatura da Brigada; passo
na Av. Assis Brasil com a Av. Brasiliano Índio de Moraes, outra viatura; lá no
Triângulo também e assim por diante. Ele criou um sistema que tem de servir de
exemplo aos outros, porque está dando certo. E mais: nesse sistema do Coronel,
quando agendamos um pedido, imediatamente ele atende, não só atende como vai
até a comunidade, até os condomínios, às regiões, aos bairros. Eu queria fazer esse
reconhecimento a esse trabalho, porque é um trabalho bom. E a gente sabe que
ele tem problema de efetivo, tem problema de material humano, mas assim mesmo,
com todo esse problema, Ver. Roni, ele continua fazendo um verdadeiro trabalho
comunitário na Brigada. Isso é importante porque várias regiões que chamam o
Tenente-Coronel, ele vai ao local, leva a sua inteligência, faz um estudo em
cima, e esse estudo realmente reflete em algo, porque os moradores falam que lá
acalmou, pois o ladrão, o bandido, o assaltante vão migrando para outros lados.
E o Ver. Cleiton entende de segurança, ele é um delegado qualificado, e eu
costumo dizer que, se alguém entende de segurança nesta Casa, é ele. E eu tenho
vários amigos que são coronéis, por exemplo, tenho saudades do Coronel Mendes.
Ele era um espetáculo, fazia barreira para lá e para cá. E me deparo com o
Tenente-Coronel Bianchi porque o sistema dele busca parceria, que valoriza o
cidadão, valoriza a comunidade, valoriza o morador do bairro. Isso é importante,
não é aquele tenente-coronel de gabinete. Ele é de ação, é de trabalho, de
união entre os seus comandados! Eu fico pensando: se todos os tenentes-coronéis
tivessem essa ação, Vers. Kevin Krieger e Mauro Pinheiro, podem ter certeza
absoluta de que estaria funcionando muito melhor a Brigada Militar e o sistema
de segurança. Eu tenho agendado muitas reuniões com o Tenente-Coronel, e ele
não se negou um dia sequer em nos atender. E ele não atende só a mim, ele
atende a comunidade, atende o cidadão, atende o presidente do bairro, a
presidente do bairro, e lá está sempre o Tenente-Coronel Bianchi. É há o
reconhecimento da região do IAPI, do Passo D’Areia, do Mont’Serrat, da Bela
Vista. Todo mundo tem o reconhecimento do bom trabalho que a Brigada Militar
presta na região, através do Tenente-Coronel Bianchi. Então eu quero fazer esse
agradecimento através do meu Partido, do meu Líder Cassio Trogildo, Ver. Roni, Ver. Paulinho Brum e este Vereador, dizer que nós estamos torcendo
muito, também, para que esse Governador acerte o passo, porque a gente sempre
quer que acertem; tem uns que torcem para que dê errado; nós, não, nós queremos
que dê certo na Polícia Civil, na Brigada Militar, enfim, que dê certo tudo,
porque quem ganha é o Rio Grande. E, depois que o Sartori disse: “O meu partido
é o Rio Grande”, conquistou todos os rio-grandenses. Obrigados, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Delegado Cleiton está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. DELEGADO
CLEITON:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, funcionários da Casa,
amigos que nos acompanham aqui e público que nos assiste pela TVCâmara,
primeiramente, eu gostaria de saudar o DEP. Há pouco, eu vim aqui reclamar do
DEP. Então, agora, eu gostaria de saudar o seu Secretário. Ontem, estivemos no
Jardim Floresta, no Lami, na inauguração de uma singela ponte. Às vezes,
ficamos pensando que pequenas obras significam pouco para um governo, mas
pequenas obras fazem muito bem para uma comunidade e temos que saudá-las.
Ontem, saudamos uma obra que teve um investimento grande do Governo, porque
demandava isso, mas que deixou lá muitas pessoas satisfeitas, porque era
solicitada há 15 anos, senhores.
Eu estava lá, até porque a solicitação passou
pela CUTHAB no dia 1º de abril, e nós fizemos alguns encaminhamentos. Creio que
a CUTHAB, com seus representantes, Brasinha, Paulinho, Janta, Comassetto, que
contribuíram nessa discussão trazendo aqui órgãos públicos para que essa
demanda saísse. Então eu queria saudar o DEP. E pegando esse caminhão nessa
estrada que fala sobre segurança pública em que policial não pode mais andar
fardado, tem que andar com o fator surpresa nos ônibus, sentimento que eu
insisto e apoio a iniciativa do Ver. Cassio Trogildo, mas insisto num
sentimento lá no fundo: Brigada Militar, policiamento preventivo. É para isso
que serve: policiamento preventivo. Estar nos locais estratégicos com a sua
farda para que as pessoas que ali transitam digam: “Eu não vou praticar um
crime aqui porque ali tem um policial militar e eu respeito”. É alguém que
trabalha em cima da lei, da ordem e da segurança. Não vou invadir esta Câmara
porque ali tem a Guarda Municipal fardada. Então, quando nós chegamos a este
conceito de que o brigadiano não pode andar fardado dentro de um ônibus é
porque a casa já caiu, senhores; os bandidos estão mandando mais na segurança
pública. E eu espero que o Governador que vai assumir – e sou daqueles que têm
esperança –, eu aposto e acredito cada vez mais no ser humano. Aposto e acredito,
cada vez mais, nos partidos, porque eles nos representam. Por mais que existam
partidos, as ideologias representam o encaminhamento. Agora ouvi o Ver.
Brasinha dizer que o comandante dele põe viatura em tudo que é lugar; então é
uma exceção. Na Zona Sul nós não vimos viatura; nas periferias nós não vimos
viatura e no caminho que eu faço de Ipanema, bairro Espírito Santo, até esta
Câmara é muito raro eu ver viaturas da Brigada Militar. Então, que o novo
Governo faça políticas de Estado, políticas que fiquem, começando pelo respeito
ao trato de um bom pagamento, ou seja, um salário digno a todos os policiais.
Começamos por aí. E depois, colocar pessoas que conheçam além dos seus
gabinetes, que conheçam as ruas, que conheçam as necessidades das comunidades,
para aí, sim, transformar projetos sérios de Segurança Pública. E não vamos
esquecer que o projeto mais sério de Segurança Pública que se pode fazer é
investimento em educação, investimento maciço em educação, e transformar
crianças, jovens e homens em verdadeiros cidadãos. Este é o meu pedido ao atual
Governador. Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Estão encerrados os trabalhos da presente
Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 15h27min.)
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